segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A melhor de todas


Foi a melhor corrida que já assisti em toda minha vida! Comecei a assistir sem torcer para nenhum dos dois que disputavam o título, até porque, desde que os treinos começaram eu achava que ia dar Hamilton campeão no domingo.

A corrida já se desenhava emocionante antes mesmo da largada. Que chuva foi aquela faltando 3 minutos para o início? Se o clima de tensão já estava grande, aquela chuva deu o tom de drama que faltava. Se é que faltava.

Imagino que nem em filme o roteiro seria tão bem escrito. Após a largada, a cada volta era uma emoção diferente. Massa, Hamilton, Hamilton, Massa... quem seria o campeão? Confesso que no meio da corrida comecei a torcer para que Felipe levasse o título. Mas não dava pra ter certeza até a bandeirada.

Quer dizer... não dava pra ter certeza nem depois da bandeirada. O alemãozinho Vettel passou Lewis e deixo o inglês maluco. Foi o final de corrida mais emocionante de todos os tempos!

Quando Massa fechou a corrida em primeiro, todos comemoravam a vitória e o título. Enquanto isso Hamilton dirigia feito um louco atrás de Vettel. Ele devia estar pensando dentro do cockpit: “não, de novo não.”

Todos eufóricos, felizes e tensos... até que Vettel passou por Glock e Hamilton veio na balada. Título decidido na última curva, nos últimos metros. Quem esteve em Interlagos, e quem assistiu pela TV ou ouviu no rádio – e quem gosta de corridas de carros – teve o prazer de presenciar a história! Sem patriotismo burro!!! Assistimos uma corrida extraordinária! Única! E como disse Felipe após a corrida: “Isso é esporte!”

Acompanho Formula 1 desde 88 ou 89, não sei. E tenho certeza de que essa foi a melhor corrida que já assisti na vida! Grande Massa! Grande Hamilton! Grandes Vettel e Alonso! 2008 foi um dos melhores anos da Formula 1.

Ano que vem tem mais!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Contrastes de um Contorno



Na época da inauguração de Belo Horizonte, final de 1897, a Avenida do Contorno chamava-se 17 de dezembro, uma referência à data em que foi estipulada a criação da nova capital de Minas Gerais. Ela nasceu com o intuito de delimitar a área central da cidade, separando o centro da região suburbana.
Nesta época um terreno na região central era vendido a preços astronômicos, o que forçava as camadas mais pobres da cidade a se refugiar nos bairros fora da Avenida do Contorno. Muitas vezes até na zona rural, conhecida atualmente como Venda Nova.
Hoje em dia essa realidade não é muito diferente, comprar uma moradia na parte de dentro da Contorno requer muitos recursos financeiros. Mas a intenção desta reportagem não é descobrir o que é mais caro ou mais barato nos lados interno ou externo da avenida.
Andei a pé os quase 12 quilômetros da Avenida do Contorno para tentar descobrir seus contrates, suas desigualdades, suas belezas e suas peculiaridades.
Comecei a caminhada no número 4 da avenida, lugar mais conhecido de todos como Terminal Rodoviário de Belo Horizonte. Localizada na região central e zona boêmia de BH, esta parte da Contorno é habitada por muitos moradores de rua, como o senhor Osvaldo, que mora com a mulher e mais dois filhos embaixo do Viaduto Hansen Araújo. Ele conta que escolheu ficar ali por ser “perto do popular (Restaurante Popular) e porque passa muita gente aqui, é mais fácil pedir dinheiro”. Como a família do senhor Osvaldo, existem muitas outras na mesma região.
Subindo o Viaduto da Floresta e chegando ao bairro de mesmo nome, fica claro o contraste, tanto social quanto visual da Avenida do Contorno. Esta região é predominantemente comercial, com supermercado, bancos, lojas de variados tipos de produtos e alguns postos de gasolina. Descendo em direção ao bairro Santa Efigênia, aparecem alguns poucos edifícios residenciais. É neste ponto que a Contorno cruza com a Avenida dos Andradas, chegando à região hospitalar.
Neste ponto o cronômetro marca 48 minutos de caminhada, o cansaço ainda não chega, mas a primeira garrafa de água já está no seu fim.
No bairro Santa Efigênia os estabelecimentos comerciais dividem espaço com clínicas, alguns hospitais e diversos edifícios comerciais.
A partir do bairro Funcionários a tarefa de percorrer a Avenida do Contorno a pé fica mais penosa. Afinal, são 1700 metros de uma subida íngreme, mas muito bela. Uma das características da Contorno é ser bastante arborizada por quase todo seu trajeto, excluindo a região central, que é cortada pelo poluído Ribeirão Arrudas.
Ao chegar no final desta subida, encontramos o ponto mais alto da Contorno, que é onde ela cruza com a Avenida Afonso Pena. Este ponto proporciona belas vistas. Olhando para baixo, avistamos a Afonso Pena cortando a região central de ponta a ponta, e ao olhar para cima, nos deparamos com a exuberante Serra do Curral.
Aqui o cansaço já começa a dominar o corpo. A forte subida mostra que 1h40min de caminhada pode levar o corpo ao limite da exaustão.
Inicio a descida do “tobogã” da Contorno, o declive é também muito forte e as pernas já respondem de maneira estranha. É possível notar que além dos prédios comerciais, nesta parte da avenida há um clima residencial. Alguns edifícios residenciais e casas chamam nossa atenção.
Ao chegar à região da Savassi, a Avenida do Contorno volta a tomar ares comerciais. Shopping, farmácias, galerias e lojas se destacam no visual. A diferença desta faixa da Contorno, para a área central é gritante. Nem parece que estamos na mesma avenida. Da Savassi ao bairro Santo Agostinho um aspecto sofisticado toma conta dela. Lojas, clínicas e colégios de alto padrão se destacam ao caminhar pela via. Na trincheira da Avenida Raja Gabaglia com Contorno o cansaço é inevitável, 2 horas de caminhada começam a pesar no corpo.
Mas a jornada já está quase no final. Descendo a Contorno até chegar ao Barro Preto a avenida volta apresentar especificidades da região central. O Ribeirão Arrudas está ali, ao lado, e a Contorno se torna, novamente, uma via exclusivamente comercial. Duas horas e quarenta e oito minutos de caminhada estão agora separados por uma rua. Chego ao número 11566, é onde a Avenida do Contorno “acaba”. A vontade é de continuar a caminhada, conhecer mais pessoas e descobrir coisas únicas deste que é um símbolo da capital mineira. Mas o corpo já não agüenta e pede descanso.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Foto

Confusão?!


Foto

Gravação

Foto

Gravando...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Campeão Moral - Botafogo

É de impressionar como um time pode ser garfado descaradamente na frente de 84 mil pessoas, além das milhões assistindo à partida pela TV, e o juiz da partida não sofrer nenhuma punição.
O time do Botafogo foi prejudicado do início ao final do jogo. Foi com faltas, empurrões, simulações e agressões do time do flamengo que o “árbitro”, Marcelo de Lima Henrique construiu a “vitória” do time rubro-negro.
Dois pênaltis não marcados a favor do Botafogo no primeiro tempo, as expulsões de Zé Carlos e Lúcio Flávio no segundo tempo... tudo isso desequilibrou a partida e a cabeça dos jogadores botafoguenses, que se viam com maior volume de jogo e sendo sempre prejudicados pela péssima atuação do “árbitro”.
Isso não é choro de botafoguense triste por perder a Taça Guanabara não. Este texto é um desabafo à maior vergonha do futebol brasileiro, que é sempre ver flamengo e corinthians serem favorecidos em todas partidas que disputam. Muita coisa está por trás desta “derrota” de domingo.
Bebeto de Freitas, grande presidente do Fogão, entregou o cargo no final da partida. Deixando muito claro que por mais que ele e o time do Botafogo lutem, não da pra ganhar de “certas coisas no futebol carioca”. Cuca, excelente técnico, disse que sua vontade também era de chutar o balde e sair de um campeonato que já tem o campeão escolhido já no seu primeiro turno.
Isto é o futebol carioca, um futebol charmoso, mas de cartas mais do que marcadas!
Os rubro-negros tinham que ter vergonha desta taça levantada no domingo. Porque todos sabem, o Campeão moral é o Botafogo.