sexta-feira, 29 de junho de 2007

Teoria da Proporcionalidade Jornalístico-Cidadã na Web

Esse é um texto que eu produzi para a aula de Teorias do Jornalismo.
Foi solicitado pelo professor para nos, os alunos, formularmos uma teoria sobre o jornalismo na atualidade.
Texto abaixo.
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O que vamos propor nesta teoria, não é só sobre jornalistas. Mas também sobre o cidadão que pode produzir uma notícia, uma reportagem, fotos e vídeos e enviá-las para sites que se dispõe a receber esse tipo de material. Essas pessoas não são formadas em faculdades de jornalismo e às vezes nem tem a técnica que os jornalistas possuem para produzir as matérias.
De alguns anos para cá, começou a surgir no mundo jornalístico uma nova forma de fazer jornalismo, o chamado Jornalismo-Cidadão. Com novas tecnologias aparecendo a todos os momentos, com o acesso facilitado à internet, o surgimento de novas mídias, celulares com câmeras de foto e vídeo, redes de internet sem fio como Wi-Fi dentre outras tecnologias, fica muito fácil de qualquer pessoa produzir uma matéria na rua e enviar para a redação do jornal direto de onde está. Ou então para sites na internet.
Os sites que se propõe a abrir seu espaço para o cidadão comum publicar seu material estão entre os mais visitados da rede. São sites produzidos especialmente para esse fim. Cidadãos comuns, pessoas formadas ou não e jornalismo escrevem suas matérias e enviam para esses sites. Tiram fotos de fatos curiosos e publicam em sites, às vezes até em sites de jornais famosos. Em alguns casos essas fotos podem até chegar às edições de papel desses jornais.
Esse novo jeito te “fazer” jornalismo pode ser encarado de varias maneiras. Podem surgir questionamentos como: o jeito tradicional de fazer jornalismo está acabando? Essas pessoas que produzem matérias para esse tipo de site têm capacidade para tirar o emprego de jornalistas formados?
Minha opinião é de que o jornalismo tradicional não está acabando e nem esses jornalistas-cidadãos podem tirar o emprego de jornalistas formados nas faculdades. Penso assim, pois os grandes jornais precisam de pessoas que possuem a técnica para produzir boas reportagens, precisam de pessoas que teoricamente tem ética para produzir matérias quase sempre imparciais. Uma pessoa que publica sua matéria num site pode estar influenciada pela emoção, ou até pela sua própria cultura na qual foi criada. O que pode nos fazer questionar até qual ponto não houve interesse pessoal em publicar tal reportagem.
E esse jornalismo-cidadão, também chamado de “open source”, pode ameaçar os tradicionais jornais? Não, não podem. Quando começaram a surgir os sites de notícias na internet todos fizeram a mesma pergunta. E já está provado que o jornal tradicional está forte até hoje. As empresas tem se moldado através do tempo e na medida em que novas coisas vão surgindo estão tentando se adaptar aos novos tempos. Com o desafio de manter os antigos leitores e conquistar esses novos que publicam matérias e reportagens em sites na web.
Tendo boas ferramentas nas mãos, os sites que abrem seu espaço para o jornalismo “open source”, as empresas de comunicação e os próprios jornalistas podem se beneficiar bastante com essa “nova onda” do jornalismo cidadão. Eles podem usar isso como uma forma de ir atrás de novas pautas, descobrir coisas que não conheciam em sua própria cidade e ter material novo e “barato” para novas reportagens.

Blogs
Os jornalistas também têm usado bastante essa ferramenta que antes era conhecida apenas por ser um “diário virtual de pessoas que não tinham muito que fazer”.
Com a certeza de que a internet veio mesmo para ficar, o profissional de jornalismo ganhou mais uma ferramenta para realizar seu trabalho.
O computador é hoje, em uma redação, muito mais do que uma máquina de escrever moderna. Ele é um portal de acesso ao mundo, ele nos da acesso a informações sobre qualquer assunto que quisermos pesquisar, e também pode ser usado como uma grande ferramenta para publicação do trabalho do jornalista. Com o surgimento dos blogs, e o fortalecimento dos mesmos no meio jornalístico, ficou muito mais fácil para os jornalistas, e os não-jornalistas, publicarem suas opiniões, suas idéias, seus pensamentos sobre diversos assuntos. Existem pessoas, que antes de abrir o jornal tradicional, antes de ler sites de noticias, abrem os blogs de seus jornalistas preferidos e lêem as notícias nos blogs desses jornalistas. E só depois lêem o que foi publicado na mídia “formal”.
Muitas vezes, os assuntos tratados por jornalistas em seus blogs nem sempre podem ser citados nos jornais para os quais trabalham, por questões empresariais. Isso nos faz pensar em como essas novas formas de divulgação da notícia podem mudar, e já estão mudando, e muito a forma de pensar e de agir do leitor. Que atualmente não é somente um leitor, mas também tem seu blog, comenta as notícias que leu, produz conteúdos “jornalísticos” e assim vão circulando notícias, vídeos, fotos, reportagens na web, em celulares e às vezes até nos jornais e revistas tradicionais.
Nos Estados Unidos, o blog hoje é um grande meio de informação para os cidadãos. Não só nos EUA, mas como em todo o mundo e inclusive no Brasil. Mas como é normal em sociedades capitalistas, nem todos têm acesso a essas informações, e os que têm, podem se considerar privilegiados. Principalmente os que podem produzir os conteúdos e divulgá-los na rede.

Conclusão
Essas teorias nos fazem pensar como nosso futuro profissional está em ritmo acelerado de mudança. Quando estivermos formados e atuando no mercado de trabalho, a realidade do jornalista pode ser bastante diferente da atual. Como a atual é diferente da realidade de quem fazia jornalismo nos anos de 1980, por exemplo.
Então o que podemos fazer é, estar sempre ligados nas novas mídias e em novas ferramentas que podem auxiliar no nosso trabalho, pois elas podem pautar nossa vida profissional no futuro.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

TV Digital

Com a chegada do Pan do Brasil inauguramos, também, uma nova era da tecnologia televisiva em nosso pais. Durante os jogos Panamericanos estará em fase de testes a TV Digital, com uma mescla dos padrões europeu, americano e japones, o Brasil criou uma tecnologia “nacional” da qual o ministro das comunicações Hélio Costa parece se orgulhar muito. Com a mistura dos três padrões, o governo buscou o que há de melhor em cada um deles e criou o padrão “nacional” que o pretende exportar para a america latina e paises emergentes.
Segundo o ministro, esse padrão será mais acessivel à população do Brasil, que em sua grande maioria é de baixa renda. Para quem não tem condições financeiras de comprar uma televisão de alta definição - exemplo LCD - a única com tecnologia para transmitir a TV Digital, terá a opção de comprar um conversor de sinal, que de acordo com Hélio Costa em anúncio no dia 20 de junho desse ano, custará entre R$150 e R$200.
A tecnologia utilizada na TV Digital é o HDTV, um sistema de alta definição. Sistema esse, que se for transmitido em uma TV analógica de 20 polegadas ou menos com um conversor, por exemplo, não exibirá em sua tela a definição de imagem recebida por uma TV LCD.
A previsão para liberar o sinal digital em canal aberto para todo pais é dezembro. Rede Globo e SBT divulgaram nota informando que nesta data começarão a transmitir para todo Brasil em rede digital. Mas quem ainda não tiver o conversor e nem o aparelho de TV Digital, receberá o sinal analógico por mais alguns anos.
O sistema brasileiro promete integrar mais canais à programação, não é certeza que a qualidade da televisão, atrações e programas, irá melhorar. Isso é uma pergunta que fica no ar, e só será respondida quando as TVs Digitais estiverem operando. As empresas de televisão que já existem terão que comprar aparelhos novos para a transmissão do sinal digital. Este é um investimento muito alto para uma possibilidade que nem sabemos ainda se terá o retorno esperado. Já que nos Estados Unidos e Europa não obteve tanto sucesso como previsto. E para as pequenas empresas de TV o investimento será maior ainda, pois os equipamentos atuais já não são tão modernos, e se forem forçadas a trocar aparelhagem e investir mais em mão de obra poderão ter de fechar as portas por falta de verba.
Para o grande publico, que não se importa muito com tecnologia, a diferença de qualidade visual, de sinal e som não será muito sentida. O que as classes C, D e E querem é a diversidade de canais que o sinal digital pode transmitir, mais de 50, de acordo com os desenvolvedores do padrão brasileiro. Como os cidadãos dessas classes não podem ter acesso à TV a Cabo, uma TV aberta com vários canais será muito bem recebida. Além de poder fazer compras, acessar a internet, assistir a 4 canais ao mesmo tempo na tela da TV Digital, entre vários outros serviços que ela poderá oferecer.
Todos que trabalham com qualquer assunto ligado a TV, todos que gostam de tecnologia e de inovações tecnológicas estão aguardando ansiosos a liberação do sinal digital aberto no Brasil. O que queremos é que todas as ferramentas para a concretização e fixação da TV Digital no Brasil sejam levadas a serio e não caiam no esquecimento como muitos projetos dos governos envolvidos. E que esse projeto traga benefícios para toda a população.